Nota da ABEF sobre o I Encontro de Professores de Filosofia do Estado de São Paulo
Nota da ABEF sobre o I Encontro de Professores de Filosofia do Estado de São Paulo
Nos dias 6 e 7 do mês de dezembro de 2012 foi realizado o I Encontro de Professores do Estado de São Paulo, realizado no auditório Paulo Kobayashi, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo ALESP,
com o tema: A PRESENÇA NECESSÁRIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO, contando com a presença de dezenas de professores e membros de sindicatos assim como o represetante legal da ABEF.
A entidade que promoveu o encontro é a recem criada APROFFESP, Associação de Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo que tem por atuação a organização específica dos professores de filosofia do professarado paulista e paulistano, fundamentalmente.
No Encontro, debateu-se 2 aspectos centrais: a importância da filosofia na educação e a organização política da entidade. Do ponto de vista da importância da filosofia na discussão, realizaram-se discussões que permearam um histórico do ensino de filosofia na educação básica (fundamental e médio) e também o ensino universitário, os paradigmas da proposta curricular de filosofia e os aspectos pedagógicocurriculares
que levaram a que o conjunto dos professores se orientassem na defesa da autonomia dos que estão dia a dia na sala de aula e tem a tarefa de “lecionar” aulas de filosofia.
Do ponto de vista da organização política da entidade, diversos/as professores/as expressaram sua preocupação em que a entidade não seja um “paralelismo” do sindicato estadual do conjunto dos professores do Estado de São Paulo, APEOESP. Esse ponto citado acima é um aspecto crucial, na medida em que uma associação específica dos professores [no caso, professores de filosofia] se deparam com problemas gerais de todos professores (e mais gerais ainda, de todo a classe trabalhadora) e problemas específicos a respeito do “ensino de filosofia”. E na conjuntura onde a APEOESP, especialmente a direção
majoritária do sindicato nos últimos anos dominado pela CUT e pelos partidos PT e PCdoB, mas com a participação, através da oposição de partidos como PSOL, PSTU, POR, e outras organizações, engendra-se um perigo próprio da esquerda que indo na contramão da unidade sindical cria outros sindicatos (ou até outras centrais sindicais), de forma explícita ou encoberta, fragmentando ainda mais a luta e a organização da classe [ou no caso, a categoria dos professores; ou sendo ainda mais específico, o setor de professores de filosofia dentro da categoria do professorado paulista].
Tendo clareza que a direção atual da APROFFESP é constituída por membros do PSOL e uma influência do mesmo na política da direção dessa associação, esse receio ficou latente, e explícito. O que é importante para não se cometer equívocos. Do ponto de vista organizativo, a ABEF fez uma proposta que foi aclamada, e ganhando consonância com o conjunto dos presentes no Encontro, no sentido de realizar GT´s nas regiões para que os próprios professores possam formular uma contra-proposta curricular em oposição aos “famosos caderninhos do Estado”.
Outro encaminhamento deste Encontro foi a criação de uma Associação Nacional de Filosofia, englobando o conjunto dos estados e de professores, denominada APROFFIB Associação de Professores de Filosofia e Filósofos do Brasil. Nela, foi solicitado a participação da ABEF com uma vaga na direção inicial, isto é, provisória até a realização do I Encontro de tal Associação. A posição do representante legal da ABEF era de que levaríamos isso ao nosso próximo Congresso para discutirmos isso e tomarmos uma posição quanto à participação ou não na entidade.
Bruno Henrique de Souza Soares
representante legal da Coordenação Nacional da ABEF
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